“Tenho mais medo disso" -

Ex-oficial do Pentágono alerta sobre risco de terroristas usarem tecnologia obtida de Ovnis

O ex-oficial do Pentágono Luis Elizondo, que liderou o Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP) dos Estados Unidos, revelou que teme que organizações terroristas dominem a tecnologia obtida por meio de engenharia reversa de objetos voadores não identificados (Ovnis) e a utilizem na produção de armas.

Foto: reprodução/Youtubefoto

Elizondo é autor do livro “Iminente — Os bastidores da caçada do Pentágono a óvnis”, publicado no Brasil pela editora Harper Collins em abril. A obra relata sua trajetória no comando do AATIP, vinculado ao Departamento de Defesa dos EUA, e traz detalhes dos estudos desenvolvidos, além dos desafios enfrentados para dar visibilidade ao tema. Segundo ele, houve forte resistência por parte de setores religiosos e da indústria aeroespacial americana.

Na visão do ex-oficial, além do tabu que envolve o fenômeno dos Ovnis, os governos costumam ocultar suas descobertas sob o argumento da segurança nacional.

“É um risco significativo à segurança nacional. Sabemos que a China e a Rússia já têm seus próprios programas de Ovnis, assim como os Estados Unidos”, afirmou. “Além disso, você pode imaginar um estado pária como a Coreia do Norte tendo esse tipo de tecnologia e sendo capaz de usá-la, certo? Isso é assustador.”

“Tenho mais medo disso do que da Rússia ou da China terem a tecnologia. Para mim, o medo é ter algum tipo de ator desonesto ou ator não estatal ou organização terrorista tendo essa tecnologia.”

De acordo com Elizondo, parte dos avanços obtidos na recuperação de Ovnis foi mantida em sigilo pelo Departamento de Defesa, justamente para evitar maior fiscalização do Congresso e da sociedade americana. O próprio AATIP permaneceu desconhecido até poucos anos atrás, inclusive por senadores e parlamentares dos Estados Unidos.

“Certos elementos do meu governo têm tentado evitar há algum tempo essa supervisão. Países como esse não querem divulgar ou anunciar que tipo de informação conseguimos obter com a recuperação de Ovnis. Mais importante ainda, se houver outro país mais avançado que nós, esse também é outro problema. Não gostaríamos de anunciar a um adversário que estamos necessariamente atrasados na pesquisa e desenvolvimento de Ovnis, certo?”

O estudo dos Ovnis se refere a objetos voadores observados na atmosfera — seja por radares, sensores ou testemunhas — que apresentam características de voo ou formatos que não possuem explicação científica até o momento. No entanto, não há evidências concretas que comprovem que esses objetos sejam de origem extraterrestre.

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