Autismo no Piauí -

Piauí concentra quase 38 mil diagnósticos de autismo, maioria entre homens

Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (23/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que 37.856 pessoas no Piauí declararam ter diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse número corresponde a 1,2% da população do estado e coloca o Piauí dentro da média nacional.

Esta foi a primeira vez que o Censo incluiu informações sobre o autismo, conforme determinação da Lei nº 13.861/2019, que buscou ampliar o conhecimento sobre o perfil e as necessidades dessa população para subsidiar políticas públicas.

A pesquisa indica uma prevalência maior do diagnóstico entre os homens, que representam 1,5% do total (23.978 pessoas), enquanto as mulheres correspondem a 0,8% (13.878 indivíduos). O levantamento também aponta que o TEA é mais frequente entre crianças: entre os que têm de 5 a 9 anos, 3% receberam diagnóstico; na faixa de 10 a 14 anos, o índice é de 2,1%; e entre crianças de 0 a 4 anos, 2% são diagnosticadas. No total, 16.354 crianças de 0 a 14 anos vivem com autismo no estado.

Foto: © Ilustração/Simbolo Autismo© Ilustração/Simbolo Autismo

Dentre os municípios piauienses, Murici dos Portelas apresentou a maior proporção de diagnósticos, com 2,5% da população local (245 pessoas), figurando como o 17º maior índice do país. Outros municípios com altas proporções incluem Canavieira (2,3%) e Morro Cabeça no Tempo (2,2%).

A distribuição por cor ou raça revela que o autismo é mais frequente entre pessoas que se autodeclaram indígenas, com uma prevalência de 2,3%. Na sequência, aparecem os brancos (1,3%), pardos (1,1%), pretos (1,0%) e amarelos (1,0%).

Em relação aos domicílios, o levantamento aponta que, no Piauí, em 3,1% das residências ocupadas mora pelo menos uma pessoa com diagnóstico de TEA, uma proporção superior à média nacional, que é de 2,9%.

No panorama nacional, o Censo identificou 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com autismo no Brasil, também correspondendo a 1,2% da população total. A inclusão desta informação no levantamento estatístico visa fornecer dados mais precisos para o desenvolvimento de políticas públicas e para a promoção de ações de inclusão e acolhimento às pessoas com TEA e suas famílias.

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