
Lokinho é detido em nova operação do DRACO durante reality com influenciadores em Teresina
Uma operação deflagrada pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) resultou na detenção do influenciador digital Pedro Lopes, conhecido como Lokinho, na zona rural de Teresina. A ação ocorreu durante o evento denominado "Fazenda 3", promovido em um sítio às margens da BR-343 e que reuniu diversos influenciadores locais.
A festa, que à primeira vista aparentava ser apenas uma reunião social, estava sob monitoramento da polícia por suspeitas de servir como ponto de articulação de facções criminosas. O local, segundo as investigações, funcionava como espaço de ostentação, aliciamento simbólico de jovens e fortalecimento da imagem de grupos envolvidos com práticas ilegais, sobretudo por meio das redes sociais. Lokinho foi detido em posse de entorpecentes.

No mesmo evento, foi capturada L.G.R., de 19 anos, conhecida na internet como “Lalazinha”, considerada foragida da Justiça e alvo da Operação Faixa Rosa. A jovem é investigada por uso das redes para divulgação de conteúdos ligados ao crime organizado, incluindo exibição de armas e drogas, além de mensagens desafiadoras contra o Estado.
Além do episódio mais recente, Lokinho acumula histórico de envolvimento em ocorrências policiais. Em 2024, esteve presente no acidente que matou duas mulheres e deixou crianças feridas na zona Sul de Teresina. Embora não estivesse dirigindo o veículo, integrava o grupo presente no carro. O caso teve ampla repercussão à época e segue em tramitação judicial.
Outro ponto de atenção nas investigações envolve o padrão de vida do influenciador, que já foi citado na Operação Jogo Sujo. Relatórios apontaram movimentações financeiras incompatíveis com sua renda declarada. Em um período de seis meses, ele teria movimentado cerca de R$ 1,4 milhão, levantando suspeitas sobre a origem dos recursos. Parte das transações foi feita em nome de terceiros também investigados.
As autoridades agora aprofundam as apurações sobre o vínculo entre influenciadores digitais e a estrutura simbólica de facções, que utilizam a visibilidade online para legitimar práticas criminosas e atrair novos seguidores.