Lumar Costa, de 34 anos, que matou e arrancou o coração da própria tia, Maria Zélia da Silva, de 55 anos, em 2019, no município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, voltou a ser internado no Centro Integrado de Atenção Psicossocial à Saúde Adauto Botelho (CIAPS), na capital mato-grossense. A reintegração ocorreu no domingo (14/12), por decisão da Justiça. Com informações do RD News.

A nova internação foi determinada após o suposto envolvimento de Lumar em um caso de violência doméstica registrado em Campinas (SP), onde ele estava morando. A ocorrência teria envolvido a ex-mulher, mãe de sua filha, o que levou o Judiciário a reavaliar sua condição psiquiátrica e o cumprimento da medida de segurança.

Na decisão, o juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, destacou a “gravidade concreta do novo fato e a potencial alteração do estado psíquico” do paciente. Diante disso, o magistrado revogou a desinternação anteriormente concedida e decretou a prisão de Lumar para reinserção em medida de segurança na modalidade de internação, com recolhimento imediato ao CIAPS, sendo vedada sua permanência em unidade prisional comum.

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No fim de junho deste ano, o mesmo juiz havia autorizado a desinternação de Lumar com base em um relatório técnico elaborado pela equipe do CIAPS, que o considerou apto para alta hospitalar. À época, foi determinado que ele desse continuidade ao tratamento em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) no município de Campinápolis, onde reside seu pai.

O crime que levou à internação ocorreu em uma residência na rua Rio Negro, no bairro Vila Bela, em Sorriso. Lumar havia se mudado para a casa da tia após desentendimentos com a mãe. Testemunhas relataram que Maria Zélia não aceitava o fato de o sobrinho ser usuário de drogas, o que gerava constantes conflitos entre os dois.

Em laudo psiquiátrico inicial, o réu afirmou que sentia medo de permanecer na casa da tia, alegando acreditar que pessoas queriam lhe roubar e que havia câmeras o vigiando no local. Após novos desentendimentos, ele deixou a residência, mas retornou dias depois e, durante uma discussão, matou a tia. À época, Lumar confessou o crime e afirmou que teria sido orientado pelo “universo” a cometer o assassinato, declaração que causou forte comoção.