"Ter a cabeça cortada" -

Policial federal que ameaçou Alexandre de Moraes sugeriu fuga de prisão a policiais militares

O policial federal Wladimir Matos Soares foi transferido do batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), onde estava preso, após afirmar que “conhecia a rotina” dos policiais militares e sugerir que poderia escapar do local.

Foto: reproduçãofoto

A mudança foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O batalhão onde Soares estava detido fica dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. Segundo apuração do Metrópoles, o espaço passa por reformas e, após ouvir a declaração do agente, o comandante do batalhão comunicou o fato imediatamente aos superiores.

O comentário, feito a policiais militares, de que “conhecia a rotina dos PMs” foi interpretado como uma ameaça velada de fuga.

Diante da situação, a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais (VEP), determinou a transferência de Wladimir para a ala 5 do Centro de Internamento e Reeducação (CIR), também na Papuda. A unidade abriga ex-policiais e é administrada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seape). A decisão foi referendada por Moraes.

Agora, Wladimir cumpre pena na mesma ala que Élcio de Queiroz, condenado pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. No entanto, por questões de segurança, Élcio permanece isolado desde que confessou participação no crime.

Ameaças ao STF e à segurança presidencial

O nome de Wladimir ganhou repercussão nas últimas semanas após a divulgação de gravações nas quais ele menciona um grupo armado que teria como objetivo prender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Áudios analisados pela Polícia Federal (PF) revelam que Soares repassou informações sobre a segurança do presidente Lula a servidores ligados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em uma das gravações, o policial afirma que havia um grupo preparado para prender membros da Suprema Corte, além de admitir que estavam dispostos a usar força letal e “matar meio mundo”.

“Se as coisas mudarem lá pra frente, e por um acaso um desses ministros do STF forem ser presos, principalmente Alexandre Moraes”, diz em um dos trechos obtidos pelo Metrópoles. Em outro momento, ele é ainda mais explícito:

“O Alexandre de Moraes realmente tinha que ter tido a cabeça cortada quando ele impediu o presidente (Jair Bolsonaro) de colocar um diretor da Polícia Federal, o Alexandre Ramagem. Tinha que ter cortado a cabeça dele era aqui.”

Wladimir Matos Soares é um dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que investiga uma trama golpista. Ele responde como réu no processo.

Fonte: Metrópoles

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