
O custo emocional de passar a vida tentando não incomodar
A tentativa de ser leve para os outros se torna um fardo pesado demais para você.
Você já percebeu como quem vive tentando não incomodar termina sempre exausto?
São pessoas que pedem desculpa por existir, que disfarçam a dor com um sorriso e se moldam para caber em espaços onde o amor deveria ser natural.
Mas há um preço alto por essa adaptação constante: o custo de perder a si mesmo.
Desde cedo, muitos aprendem que “ser amado” é ser agradável, útil, fácil de lidar.
E assim, começa o treino silencioso da anulação:
engole o que sente,
evita o confronto,
carrega o que é dos outros,
e se culpa por qualquer mal-entendido.
O medo de incomodar nasce do medo de rejeição.
Você acredita que, se for leve, flexível e silencioso, o amor vai permanecer.
Mas o amor que exige invisibilidade não é amor — é condicionamento.
A verdade é que ninguém aguenta ser “fácil” o tempo todo.
Porque, por trás de toda pessoa que nunca quer incomodar, existe alguém que está gritando em silêncio por um espaço onde possa existir sem pedir desculpas.
Aos poucos, a alma vai cansando.
Você começa a perceber que, por mais que tente agradar, nunca é suficiente.
E a cada “tudo bem” dito quando não estava tudo bem, você se distancia um pouco mais de si.
Ser “tranquilo” para os outros tem custado caro demais:
custa a sua autenticidade,
custa o seu descanso,
custa a sua saúde emocional.
E o mais doloroso é perceber que, enquanto você tenta não incomodar, ninguém nota o quanto isso te dói.
Mas a verdade é libertadora:
Quem te ama de verdade não quer a sua versão leve, quer a sua versão real.
Com sentimentos, limites, imperfeições e verdade.
Ser verdadeiro pode até gerar ruído — mas é um ruído que cura.
Calar, por outro lado, é o silêncio que adoece.
Você não foi feito para caber — foi feito para existir.
E quem te ama de verdade vai aprender a te escutar, mesmo quando você incomoda.
Se esse texto falou com você, compartilhe com alguém que vive se anulando para manter a paz.
Marcos Mazullo
Mentor e Psicoterapeuta – CRT 46479









