
Falar em público não é sobre técnica — é sobre curar o medo de existir
A verdadeira trava não está na fala — está na permissão de ser visto.
Muita gente passa a vida treinando técnicas de oratória…
Respiração, postura, dicção, roteiro.
Mas continua travada quando precisa falar diante de pessoas.
E se o problema não for a fala?
E se o verdadeiro medo não for o microfone…
Mas o medo de existir diante dos outros?
Falar em público assusta porque expõe algo maior:
o medo de ser julgado, de errar, de não ser suficiente.
Quem tem pavor de palco, na verdade, tem pavor de desapontar expectativas.
Por isso, a técnica sozinha não funciona.
Porque a fala é só a superfície — o que paralisa está mais fundo:
o medo de parecer ridículo;
o medo de não ser levado a sério;
o medo de ser visto… e não ser amado.
Falar em público não é performance.
É vulnerabilidade.
É colocar para fora a própria essência com coragem de sustentá-la — mesmo que alguém não goste.
Quando criança, talvez você tenha sido interrompido.
Ou criticado.
Ou ridicularizado quando tentou se expressar.
E o cérebro aprendeu:
“Falar é perigoso.”
“Se expor traz dor.”
“Ser visto pode custar carinho.”
Então, na vida adulta, você treina técnicas… mas continua bloqueado.
Porque uma parte de você ainda acredita que expor sua verdade é arriscado demais.
Por isso, não basta aprender a falar.
É preciso reaprender a existir.
E ocupar seu espaço interno antes de ocupar o espaço externo.
Porque comunicar não é emitir palavras — é sustentar a própria identidade.
E quem fala com verdade não convence — conecta.
Se você sente que sua voz treme, talvez não seja técnica — seja história.
E história a gente cura, transforma e reconstrói.
Se esse texto falou com você, compartilhe com alguém que tem grande potencial, mas ainda esconde sua voz.
Marcos Mazullo
Mentor e Psicoterapeuta – CRT 46479









