
Comparação Geracional: Libertando-se da Competição com os Mais Jovens
É comum, especialmente no universo feminino entre os 35 e 60 anos, sentir aquele incômodo ao conviver ou competir com gerações mais jovens — seja no ambiente de trabalho, nos círculos sociais ou até nas redes. Muitas vezes, essa comparação silenciosa se estende para dentro, com lembranças nostálgicas de “quem éramos” em outra época da vida. No entanto, esse hábito de se comparar, que parece inofensivo, pode sabotar sua autoconfiança e obscurecer o valor que só a maturidade traz.
Em cidades dinâmicas como São Luís, onde novas tendências e juventude constantemente se misturam à tradição e à experiência, mulheres maduras constantemente se deparam com esse dilema interno: será que estou ficando para trás? Será que ainda tenho espaço ou relevância? Essas dúvidas, se não cuidadas, enfraquecem a autoestima e dificultam o reconhecimento da própria trajetória.
As Armadilhas da Comparação
A Programação Neurolinguística (PNL) e a Neurociência mostram que o cérebro humano é naturalmente inclinado a comparar: analisamos nossa posição no grupo, buscamos aprovação, validamos nossas conquistas frente aos outros. Mas quando essa comparação vira obsessão ou referência constante, entramos num ciclo de cobrança excessiva e desvalorização pessoal.
Comparar-se a colegas de vinte, trinta anos, ou tomar antigas versões de si mesma como parâmetros, é injusto. Ignora-se a bagagem adquirida, as nuances, a resiliência desenvolvida ao longo do tempo — e ainda coloca a felicidade ou o sucesso em um lugar inatingível. O resultado? Autossabotagem e bloqueio de novas possibilidades.
Reconhecendo Vantagens Únicas da Maturidade
Libertar-se da competição interna com os mais jovens não significa negar as diferenças, mas, sim, valorizar o que a maturidade proporciona:
Visão estratégica: Decisões pautadas não só pela empolgação, mas também pela experiência acumulada.
Resiliência:Capacidade de atravessar crises e recomeçar, aprendendo com cada desafio.
Empatia e inteligência emocional: Relações mais saudáveis e profundas, construídas a partir de vivências diversas.
Autorresponsabilidade: Clareza sobre escolhas, assumindo protagonismo na própria história.
Autenticidade: Menos pressão para se encaixar, mais coragem para ser quem realmente se é.
Essas características são poderosos diferenciais competitivos no mundo atual, onde empresas e pessoas buscam equilíbrio entre inovação e sabedoria.
Praticando a Autovalorização
Aqui vão dicas práticas para silenciar o crítico interno e ressaltar suas conquistas:
Redefina seus critérios: Compare-se apenas com quem você foi ontem — e celebre cada avanço.
Busque inspiração: Conecte-se a histórias de mulheres maduras que brilham em diversos contextos.
Invista em autoconhecimento: Participe de mentorias, psicoterapia e treinamentos de inteligência emocional.
Pratique a gratidão: Liste diariamente qualidades e realizações das quais se orgulha.
Abrace seu papel de mentora: Compartilhe aprendizados com gerações mais jovens — ensinar reforça seu próprio crescimento.
Ao reconhecer que cada fase da vida tem potenciais únicos, você se liberta do peso da comparação, abrindo espaço para uma autoconfiança sólida e novas oportunidades. Na maturidade, existe beleza, potência e sabedoria que não podem ser compradas ou aceleradas: apenas vividas, reconhecidas e celebradas.
Marcos Mazullo
Psicoterapeuta e Mentor
CRT: 46479
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