Tarso Genro propõe novo Ministério da Segurança e cobra reação firme ao crime
O ex-ministro da Justiça Tarso Genro voltou a defender a recriação do Ministério da Segurança Pública como forma de enfrentar o avanço do crime organizado no país. Segundo ele, a separação da pasta ajudaria a preencher um vazio da atuação federal e a estruturar respostas mais eficazes diante de um cenário em que, na sua avaliação, o crime “penetrou no Estado” e ganhou influência política e institucional.
Em entrevista, Tarso afirmou que o Brasil precisa de uma polícia preparada para agir com firmeza, inclusive com uso da força contra criminosos armados, mas fez ressalvas a operações sem critérios e a discursos que estimulam a violência indiscriminada. Ele criticou propostas como a redução da maioridade penal, classificando a medida como contraproducente, e defendeu alternativas voltadas à ressocialização de jovens, com estruturas prisionais diferenciadas e foco na redução da reincidência.
O ex-ministro também avaliou que o debate sobre segurança pública não deve ser guiado por cálculos eleitorais, mas por um compromisso com a Constituição e o enfrentamento do crime organizado. Para Tarso, o governo precisa aprofundar a cooperação institucional, rever modelos de atuação policial e construir alianças políticas que não tolerem corrupção nem vínculos com organizações criminosas, apontando a segurança como um dos principais desafios do próximo ciclo político.
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