
Lula diz que vai “dar uma surra” na extrema direita nas eleições de 2026
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (19/12), que pretende derrotar a extrema direita nas eleições de 2026. Durante discurso, o petista declarou que a direita radical não voltará a governar o país e fez duras críticas à condução da pandemia de Covid-19 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Estou terminando o governo num momento muito bom. Sei que tem muita gente já pensando nas eleições de 2026. Eu ainda não posso pensar porque ainda tenho que trabalhar. Mas deixa eles pensarem. E, quando quiserem, venham. Porque vamos dar uma surra em quem se meter a achar que a extrema direita vai voltar a governar este país”, afirmou Lula.

A declaração foi feita durante o tradicional Natal dos Catadores de Recicláveis, realizado no Pavilhão do Anhembi, na zona norte de São Paulo.
Críticas ao bolsonarismo e à pandemia
Em tom crítico, o presidente responsabilizou o negacionismo pela maior parte das cerca de 700 mil mortes registradas no país durante a pandemia.
“Este país não pode permitir que a extrema direita fascista e negacionista, que foi responsável pela morte de mais de 700 mil pessoas, a maioria delas por falta de respeito, por não acreditar em vacina, não comprar vacina e não comprar oxigênio, volte a governar o país com mentira pela internet”, disse.
Tom eleitoral e defesa da democracia
Lula chegou ao evento por volta das 10h, visitou estandes, se reuniu com representantes dos catadores e de pessoas em situação de rua antes da cerimônia oficial. O discurso teve tom eleitoral e incluiu críticas à tentativa de golpe que resultou na condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“É da nossa obrigação não permitir que a democracia dê um passo para trás. Pela primeira vez na história deste país, temos um presidente preso por tentativa de golpe. Pela primeira vez, temos quatro generais de quatro estrelas presos neste país por tentativa de golpe”, declarou.
Veto ao PL da Dosimetria
O presidente também reafirmou que irá vetar o PL da Dosimetria, aprovado pelo Congresso Nacional, que reduz penas de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
“Vou vetar essa lei. E, se eles quiserem, que derrubem meu veto. Mas temos que ensinar esse pessoal a respeitar. Eu perdi três eleições. Perdíamos e voltávamos para casa. Nunca tentamos tomar o poder de assalto. Eles têm que aprender que na democracia vence quem tem mais voto”, completou.
Autoridades presentes
Lula esteve acompanhado do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSol); do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT); do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), entre outras autoridades. O evento integra a agenda tradicional de fim de ano do presidente desde seu primeiro mandato.








