Nota Oficial -

Consórcio do Lixo diz que gestão Sílvio Mendes coloca interesse político acima do bem-estar do povo

Por Rômulo Rocha - Do Blog Bastidores

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- Em nota oficial ao povo de Teresina, Consórcio EcoTeresina, responsável pela limpeza pública da capital, afirma que "Os transtornos que você está enfrentando não são culpa dos trabalhadores, nem da empresa contratada. São resultado de uma gestão municipal que não honra seus compromissos e coloca interesses políticos acima do bem-estar da população"

- Sem os repasses devidos, "salários de trabalhadores são afetados", "fornecedores não recebem", "faltam insumos básicos para a operação" e "regiões da cidade deixam de receber os serviços regularmente"

- "O único objetivo [da prefeitura de Teresina é] de criar uma narrativa política para a substituição do consórcio por outra (s) empresas (s)"

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Foto: _dIVULGAÇÃODivulgação
_Sede da Prefeitura de Teresina

DÍVIDA DE R$ 30 MILHÕES

O Consórcio EcoTeresina, responsável pela limpeza pública da capital, voltou a se manifestar para informar que a Prefeitura de Teresina não vem cumprindo acordos e deve mais de R$ 30 milhões pelos serviços já prestados, o que o governo municipal nega. 

"O Consórcio EcoTeresina, responsável pela coleta e limpeza urbana da cidade, vem, infelizmente mais uma vez a público esclarecer à população de Teresina que os transtornos operacionais enfrentados pela população são consequência direta da inadimplência da Prefeitura de Teresina, que já acumula mais de R$ 30 milhões em dívidas com o consórcio, bem como nos reiterados atos praticados pela ETURB, com vistas a inviabilizar uma boa prestação dos serviços pela empresa", diz 

Acresce que "mesmo com decisões judiciais determinando os pagamentos, a gestão municipal segue glosando valores do contrato de forma arbitrária, prejudicando gravemente a prestação dos serviços essenciais". 

Também expõe um resumo das dívidas da PMT com a EcoTeresina até o momento:

"- Dezembro/2024a Prefeitura pagou apenas parcialmente — Existe ainda um valor pendente, que está judicializado, e com determinação judicial para pagamento. Mesmo assim a Prefeitura ignora a determinação judicial.

Janeiro a Junho/2025: descontos injustificados aplicados unilateralmente pela Prefeitura. Atualmente existe uma ação judicial determinando que a Prefeitura não pratique mais o pagamento a menor das medições do consórcio, e mesmo assim a ETURB simplesmente ignora a determinação judicial, com vistas a prejudicar a boa prestação dos serviços em Teresina.

Junho/2025: valores não pagos, mesmo com ordem judicial de quitação. A ETURB celebrou acordo judicial para pagar e simplesmente não paga, com o intuito claro de prejudicar a prestação dos serviços e poder criar a narrativa de que a empresa não presta um bom serviço e que, portanto, deve ser substituída".

"IMPACTOS REAIS PARA A POPULAÇÃO"

Ao tratar sobre os impactos reais para a população, o consórcio informa que "a operação do consórcio mobiliza mais de 3.000 trabalhadores diretos e indiretos, além de centenas de fornecedores, locadores de caminhões e empresas que fornecem insumos essenciais".

Diante dessa necessidade, sem os repasses devidos, "salários de trabalhadores são afetados", "fornecedores não recebem", "faltam insumos básicos para a operação" e "regiões da cidade deixam de receber os serviços regularmente".

"A paralisação parcial de hoje, causada pela interrupção de locações de equipamentos, é consequência direta dessa inadimplência da Prefeitura de Teresina", afirmam.

AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO

O consórcio afirma ainda que"em audiência de mediação no NUPEMEC, em 10 de julho, o Município se comprometeu a pagar parte do valor de dezembro/24", que o consórcio "cumpriu integralmente sua parte no acordo, inclusive com comprovação junto à Justiça do Trabalho", "utilizando todo o dinheiro recebido para pagar funcionários e prestadores de serviços".

"Ainda assim", prosseguem, "a Prefeitura segue omitindo suas obrigações e buscando justificativas infundadas já rejeitadas pelo Judiciário. Pior, com o único objetivo de criar uma narrativa política para a substituição do consórcio por outra (s) empresas (s)."

A Recicle, que integra o consórcio, diz também que é uma das maiores empresas do setor no Brasil, com operações em diversas capitais e reconhecida nacionalmente pela sua eficiência, responsabilidade ambiental e compromisso social.

E que "mesmo diante das dificuldades impostas pela Prefeitura, a empresa vem priorizando o pagamento de trabalhadores e fornecedores e seguirá fazendo todos os esforços para manter a cidade limpa".

Afirma que "não coadunamos com questões e compromissos políticos. Nossa missão é técnica e clara, prestar o melhor serviço para a população e ser leal aos seus funcionários e fornecedores. E, nessa missão, a empresa se compromete continuar lutando contra todas as forças contrárias para prestar o melhor serviço à população de Teresina".

CIDADÃO MERECE SABER A VERDADE

O consórcio prossegue dizendo que está buscando falar diretamente com o cidadão porque ele merece saber a verdade. 

"Os transtornos que você está enfrentando não são culpa dos trabalhadores, nem da empresa contratada. São resultado de uma gestão municipal que não honra seus compromissos e coloca interesses políticos acima do bem-estar da população", sustentam.

Por fim, garantem que seguirão firmes, reafirmando o compromisso com a capital Teresina, os trabalhadores e com a verdade. "Esperamos que a Prefeitura cumpra com suas obrigações, para que possamos retomar, o quanto antes, a normalidade e a qualidade dos serviços prestados à população", pontuam.

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