
Leila Pereira critica interdição e FPF libera Arena Barueri dias depois
A Federação Paulista de Futebol (FPF) oficializou nesta sexta-feira (23/05) a liberação da Arena Barueri para a realização de partidas com público, após um período de interdição que gerou forte repercussão no meio esportivo. A decisão ocorre dias depois de a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, manifestar publicamente insatisfação com a medida, interpretando-a como uma possível retaliação política.
A Arena Barueri havia sido interditada na quarta-feira (21/05), sob a justificativa de que as obras de modernização em andamento no local comprometiam as condições necessárias para receber torcedores com segurança. A diretoria de segurança, infraestrutura e VAR da FPF, liderada por Marina Tranchitella, determinou a suspensão temporária da utilização do estádio.
Leila Pereira, que também é responsável pela empresa administradora da Arena Barueri, contestou a decisão, sugerindo que a interdição poderia ter motivações políticas. A dirigente não apoiou a candidatura de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, na recente eleição para a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Apesar das alegações, Carneiro Bastos negou qualquer retaliação e destacou que mantém uma relação respeitosa com a presidente alviverde.

Após a apresentação de documentação que atestou a viabilidade de realização de eventos esportivos com público, a FPF revogou a interdição. O plano de ação apresentado pela administração da Arena prevê o uso parcial do estádio, com acessos separados para torcidas mandante e visitante, garantindo a segurança mesmo durante as obras.
O Palmeiras, que investiu aproximadamente R$ 50 milhões em melhorias no estádio, vem utilizando a Arena Barueri como alternativa ao Allianz Parque, especialmente quando o local está indisponível para jogos.
Com a liberação, o clube poderá seguir mandando suas partidas na Arena, evitando prejuízos esportivos e financeiros. O episódio evidencia, mais uma vez, a complexa relação entre dirigentes e instituições esportivas no Brasil, marcada por tensões políticas e administrativas.