Na madrugada deste sábado (20/12), a Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão de dois homens apontados como chefes de uma organização criminosa especializada em fraudes pela internet. O grupo é acusado de aplicar golpes ao clonar sites e perfis de redes sociais de pousadas de Pirenópolis, em Goiás, enganando vítimas com falsas ofertas de hospedagem. A decisão atendeu a um pedido da Polícia Civil do DF, que apontou a atuação contínua e estruturada da quadrilha.

Foto: Reprodução/PCMT

De acordo com as investigações, os suspeitos — Lucas Maia Morback de Araújo, conhecido como “King”, e Marcos Antônio Franco de Sousa — já haviam sido presos temporariamente durante a terceira fase da Operação Sem Reservas. O esquema funcionava a partir da reprodução quase idêntica de páginas reais de pousadas, induzindo clientes a realizar pagamentos antecipados por reservas inexistentes. Após o recebimento, os valores eram rapidamente pulverizados em contas de terceiros para dificultar o rastreamento.

Ainda segundo a Polícia Civil, o dinheiro obtido era submetido a um processo de lavagem, incluindo conversões em criptomoedas e movimentações financeiras no exterior, especialmente no Paraguai. O prejuízo estimado chega a cerca de R$ 13 milhões em dois anos, com ao menos 83 vítimas identificadas apenas no Distrito Federal. As apurações continuam para localizar outros integrantes do grupo e possíveis novas vítimas.