A recente resolução do governo americano de vedar globalmente a utilização de microprocessadores da Huawei desencadeou fortes manifestações por parte da China. O governo chinês solicitou que os Estados Unidos interrompam imediatamente o que classificou como ações de natureza discriminatória. Adicionalmente, o Ministério do Comércio chinês sinalizou a implementação de medidas de retaliação caso os EUA persistam em prejudicar os interesses da nação asiática, um cenário que pode inclusive comprometer o pacto estabelecido recentemente entre os dois países com o objetivo de solucionar a disputa comercial existente.

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Nos últimos dias, a administração estadunidense decretou que o emprego de chips da Huawei "em qualquer parte do planeta" representa uma transgressão das normativas de controle de exportação dos EUA. Em outras palavras, essa determinação implica que nações e organizações estão proibidas de fazer uso desses produtos. As deliberações foram tomadas após um encontro entre o CEO da Nvidia, Jensen Huang, e o presidente Donald Trump na Arábia Saudita. Huang havia expressado suas preocupações às autoridades sauditas acerca de sanções que estariam lesando as empresas americanas e favorecendo a China.

Os processadores Ascend, desenvolvidos pela gigante tecnológica chinesa, são considerados a principal resposta da China aos potentes chips de inteligência artificial da Nvidia. O intento atual dos Estados Unidos é obstruir a expansão da concorrente em novos mercados, além de beneficiar as empresas de tecnologia americanas.

A reação da China foi enfática. Conforme o Ministério do Comércio do país, os EUA têm recorrido excessivamente a medidas de controle de exportação, impondo restrições mais severas aos produtos de chips chineses sob alegações consideradas infundadas. Em comunicado oficial, representantes chineses declararam que "tentar fazer tropeçar os outros não fará com que alguém corra mais rápido".